Moradores protestam contra enchentes, mosquitos e mau cheiro
Comunidade do Jardim Eucalipto sofre com a falta de manutenção e obras de contenção no rio que corta o bairro. Eles protestam na prefeitura
Carol Ramos @carolramos_ND Palhoça |
Fernando Mendes/MD
Protesto às margens do rio Eucalipto, em Palhoça
O vice-presidente do Conselho Comunitário Vida Melhor, Rosalino Ferreira, 47, questiona o destino de R$ 2 milhões, anunciados pelo governo municipal no ano passado. Parte do valor seria investida nessa obra. “Saiu matéria no jornal Notícias do Dia, em 14 de fevereiro de 2011. Eles fazem propaganda, mas nada foi feito lá até agora”, denuncia. Outra moradora, Altarise Agostinho de Souza, 44, protesta quanto ao valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), cobrado este ano.
“O carnê, me cobrando R$ 1.016 já chegou. Mas a nossa comunidade não recebe melhorias há anos. Estamos reivindicando saneamento básico, não é nada demais. É obrigação deles investir nisso”, diz a manifestante. Um dos moradores mais antigos do jardim Eucalipto, Paulino Soares, 70, fala do sofrimento diário em casa. “Tenho uma varanda que nem posso abrir, pois os mosquitos invadem a casa. Se abrimos a boca para falar com alguém na rua engolimos mosquitos”, conta. Eduardo Cardoso, 40, lembra dos tempos de menino. “Tomávamos banho nesse rio e tinha gente que até pescava. É lamentável ver a situação atual dele”, opina o caminhoneiro.
Obra em três etapas
Na ausência do prefeito, Ronério Heiderscheidt, quem recebeu os manifestantes no Centro Administrativo Municipal de Palhoça foi o secretário de Desenvolvimento Regional da Ponte do Imaruim, Turismo, Esporte e Lazer, João Carlos Amandio. Bala, como é popular, informou que há duas semanas uma equipe da secretaria faz a limpeza das margens do rio, apesar de a comunidade afirmar ao contrário. O secretário explica que a obra que acabará definitivamente com o problema no Jardim Eucalipto será feito em três etapas.
“Nesse momento estamos fazendo a limpeza e temos um projeto desde 2011 para fazer galerias ao longo do rio. O recurso para isso está disponível. A última parte será o desassoreamento do rio, na saída para o mar. Essa obra será feita pela companhia Águas de Palhoça”, afirma Bala. O secretário afirmou que teria funcionários trabalhando no trecho entre a rua Elza Lucchi e a Ponte do Capistrano.
Publicado em 30/01-21:14 por: Carol Ramos.
Atualizado em 31/01-09:06
Atualizado em 31/01-09:06
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