Comunidades de São José (SC) protestam contra inoperância do poder público
Entre as revindicações está o embargo de aterro ao lado do rio Forquilhas
Carol Ramos @carolramos_ND São José |
Marco Santiago
Trânsito foi fechado por cerca de 10 min e será interditado novamente no sábado, 27
Com microfone em mãos, a presidente da Associação de Moradores do bairro Flor de Nápolis e da UJAM (União Josefense das Associações de Moradores), Maria Edite Hoffmann, discursou sobre as dificuldades enfrentadas a cada cheia e sobre o medo quando a previsão do tempo marca chuva forte. “Temos de acabar com esse descaso, como pode as comunidades mais pobres e com maior índices de marginalidade de São José ainda têm de sofrer com as enchentes? Cadê os investimentos”, reclama. Os moradores pedem ainda a ampliação da ponte e o alargamento das margens do rio, além do embargo imediato do aterro no terreno da WJ Empreendimentos.
Marco Santiago
Andréia questiona a aplicação dos recursos oriundos da Defesa Civil Federal
Processo no MP
Os moradores contestam junto ao Ministério Público a continuidade de aterramento numa área ao lado do rio Forquilhas, de propriedade da WJ Empreendimentos. A empresa conseguiu uma liminar favorável à continuidade da obra, tendo em vista que a Lei 4.749 foi promulgada depois do início dos trabalhos no local. De acordo com o secretário de Urbanismo e Serviços Públicos de São José, Amauri Valdemar da Silva, a empresa se comprometeu em realizar obras para diminuir os impactos das chuvas.
O secretário diz que “o prefeito recebeu uma nova proposta de projeto de macrodrenagem que prevê o alargamento do leito do rio em 30 cm para cada lado, e ainda, a ampliação da ponte da rua Laurita Duarte de Souza”. O vereador Antônio Batisti, que participou da manifestação, diz que a Câmara questiona a prestação de contas dos R$ 19 milhões vindos da Defesa Civil Federal, e diz desconhecer a informação dos demais recursos.
“Queremos saber onde foram investidos esses valores, pois não vemos projetos para minimizar as enchentes, nem obras de recuperação de estragos”, diz Batisti. O vereador explica que a Lei 4.749, que proíbe aterros em uma margem de 500 m do rio Forquilhas, é constitucional. “É uma moratória, temporária até que se elabore um projeto de macrodrenagem”, diz, desconhecendo a informação repassada pelo secretário Amauri.
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