sábado, 16 de julho de 2011

Enchetes em São José




A Câmara Municipal de São José promoveu nesta terça-feira, 12, Audiência Pública com o objetivo de discutir os problemas causados pelas enchentes em São José, atendendo ao requerimento da vereadora Méri Hang (PSDB), aprovado por unanimidade pelos vereadores.

Estavam presentes na Audiência representantes das comunidades de diversos bairros de São José, o secretário da Infraestrutura, Túlio Maciel; secretário de Segurança e Defesa Social e Trânsito, Sanderson de Jesus; professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, Lino Fernando Bragança Peres; presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil – Setor SC, Edson Catoni; além dos vereadores Moacir da Silva (PMDB), Battisti (PT) e Lédio Coelho (DEM).  

Segundo a presidente da Mesa, vereadora Méri Hang, o objetivo da Audiência Pública foi discutir com a população Josefense os problemas causados pelas enchentes no município, relembrando as enchentes de 2008, 2009, 2010 e 2011: “as imagens de destruição, desespero e revolta, levantam a questão da prevenção. Todos sabemos do poder de recuperação da população Josefense que já enfrentou inúmeras tragédias, porém está força precisa de apoio, de políticas públicas permanentes para prevenir os efeitos de enchentes e outros desastres. Certamente teremos menos perdas humanas e materiais. Cuidar da manutenção da cidade desde os bueiros até a limpeza dos rios, a destinação do lixo e educação dos munícipes resulta em maior capacidade de recuperação e em estragos menores. Ter programas de manutenção das estradas previne os desmoronamentos e crateras que podem provocar acidentes com mortes, ou seja, se os administradores fizerem a lição de casa e cobrarem da população a sua parte – todos ganham. A lição que vem se repetindo é a de investir em prevenção – o que é mais barato do que reconstruir a cada vez. Estas ações que deveriam ser cotidianas resultariam em grande economia para os cofres públicos e demonstrariam o respeito que o poder público deve ter com sua gente”.
 
Segundo Lino Peres, que já atuou em conjunto com a comunidade do Flor de Nápolis, que sofre com os abusos de empresa na criação de loteamento. “Temos uma enorme bacia hidrográfica e uma ocupação agressiva, esta é a principal razão das enchentes, e para agravar temos a ausência das obras de contenção. O Plano Diretor é a principal ferramenta para conduzir prevenção dos problemas como o das enchentes” alertou o professor.

De acordo com o secretário de Infraestrutura de São José, Tulio Maciel, há projetos em Brasília na busca de verbas para execução, ou seja, obras nos canais, desassoreamento e contenção.


Retratos da Destruição

Áreas atingidas: Colônia Santana, Sertão do Imaruim, Serraria, Morarbem, Residencial Potecas, Roçado, Loteamento Campinas, Campinas, Forquilhinhas, Flor de Napolis, Jardim Pinheiros e Jardim Zanelato.

Frequência: 
2008 – uma enchente; 
2009 – uma enchente; 
2010 – três enchentes nos meses de janeiro, março e maio; 
2011 – uma enchente em janeiro.

Números: 
2010 – 11.738 casas danificadas; 
142 casas interditadas; 
41 casas destruídas; 
74.000 pessoas afetadas; 
517 pessoas desabrigadas; 
2.500 chamadas da Defesa Civil;
3.000 solicitações do Fundo de Garantia

Causas: Falta de assoreamento dos Rios, limpeza das bocas de lobo, falta dos muros de contenção nos morros e o término das obras que se iniciam e não terminam na cidade.

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